# Last edited on 2012-06-23 16:50:38 by stolfi # Encoding: _*_iso-latin-1_*_ A FAZENDA ARGENTINA E A "ENTRADA DOS FUNDOS" À UNICAMP Foi argumentado que a compra da Fazenda Argentina permitiria melhorar o acesso entre a UNICAMP e as áreas a nordeste e oeste do campus. Em particular, o Polo Tecnológico II (CPqD, LNLS, etc.) e condomínios na Estrada de Mogi-Mirim (Alphaville,Jardim Myriam, etc.). Especificamente, cogita-se de criar uma nova "entrada dos fundos" (EdF) para o campus, no final da avenida que leva à FACAMP e ao Observatório/Museu de Ciências. (Há uns 15 anos existia uma guarita nesse ponto, e uma estrada de terra particular que levava até a esquina do CPqD/Telecamp.) Creio que esse argumento não tem substância. Até onde consegui ver, * Muito provavelmente, dentro de alguns anos a Av. Guilherme de Campos (AGC) será prolongada até a rua do CPqD. Esse prolongamento é muito mais importante para as empresas do Pólo do que para a UNICAMP. * Mesmo que a Fazenda Argentina seja comprada, qualquer prolongamento da AGC terá que envolver a Prefeitura, pois requer desapropriação de parte de outra(s) fazenda(s). * Por outro lado, a AGC prolongada vai certamente atravessar a Fazenda Argentina de lado a lado, ocupando parte da sua área útil e separando metade dela da UNICAMP. * Não é desejável criar uma EdF antes do prolongamento da AGC, pois isso seguramente atrairia muito tráfego de passagem. * Por outro lado, o prolongamento da AGC sozinho já facilita o acesso entre a UNICAMP e as áreas em questão, reduzindo muito as vantagens de uma EdF. * Mesmo que se decida criar uma EdF, ela não poderá usar o trajeto da antiga estrada de terra CPqD-UNICAMP, pois ele cruza um brejo que é área de preservação ambiental. * Todos os trajetos para a EdF que não cruzam áreas protegidas (incluindo alguns que são bem mais curtos, retos, e planos que a antiga estrada) ficam inteiramente FORA da Fazenda Argentina. * Nem mesmo o trajeto da antiga estrada justificaria a compra da Fazenda Argentina inteira, pois ele segue a linha limítrofe da Fazenda. * Em qualquer caso, para criar a EdF bastaria comprar uma faixa de, no máximo, 750 x 20 = 15.000 m^2 -- ou seja 1/10.000 da área da Fazenda Argentina. MAPAS O mapa abaixo mostra a UNICAMP, a Fazenda Argentina, e as principais marcos na região: http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/temp/unicamp-12-mark.png Nesse mapa, o contorno amarelo é o campus da UNICAMP, o contorno cor-de-rosa é a Fazenda Argentina. A legenda completa encontra-se aqui: http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/temp/unicamp-12-legend-black.png Abaixo estão os contornos superpostos em uma imagem de satélite ASTER de abril/2012 (contribuição de Álvaro P. Crósta): http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/temp/unicamp-12-aster.png As imagens de satélite do GoogleMaps tem resolução muito maior e são um pouco mais novas, talvez de maio/2012: http://maps.google.com.br/maps?ll=-22.821441,-47.052383&spn=0.064397,0.104713&fb=1&cid=0,0,12164486163065396637&t=k&z=14 O mapa abaixo mostra possíveis alteraçõs nas ruas da região, incluindo a provável extensão da Av. Guilherme de Campos (2) e possíveis trajetos para a Entrada dos Fundos (3,4). http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/temp/unicamp-12-newroads.png OBJETIVOS Suponho que os objetivos de acessos alternativos à UNICAMP seriam [A] Reduzir o congestionamento das entradas atuais (a)-(e); [B] Distribuir melhor o tráfego interno nas horas de pico; [C] Reduzir o tráfego de passagem pela UNICAMP; [D] Facilitar acesso a moradores da região da Rod. de Mogi-Mirim; [E] Facilitar acesso às empresas do Polo de Tecnologia. SITUAÇÃO ATUAL No momento, a única via de acesso ao Polo de Tecnologia, rotulada (1) no segundo mapa, consiste da Avenida Giuseppe Maximo Scolfaro (AGMS), que cruza a Cidade Universitária II e passa em frente ao LNLS; e de sua continuação, a Estrada Giuseppina Vanelli Napolli (EGVN), que passa em frente à antiga Promon, ao clube Telecamp, e CPQd, e termina na Rod. Campinas Mogi-Mirim (RCMM). Na audiência sobre as obras de seu datacentro (S), o representante do Santander disse o seguinte: "A Santander foi convidada para fazer parte do consórcio de 25 empresas usuárias das vias de acesso que estão planejando a duplicação da via de ligação entre a autoestrada Campinas-Mogi Mirim e a Cidade Universitária - Parte 2, inclusive irá ceder uma faixa de servidão de 17 metros ao longo da mesma ... O acesso principal do Centro após a conclusão das obras será pela Av. Scolfaro." http://www.baraoemfoco.com.br/barao/noticias/as-reunioes-2010/artigo196.htm No momento, os únicos acessos públicos à via (1) são seus dois extremos, na Cid. Univ. II e na RCMM. A AVENIDA GUILHERME DE CAMPOS A Avenida Guilherme de Campos (AGC) é a nova via que liga o alto da UNICAMP ao Shopping D. Pedro. Parece ser convicção geral que a Guilherme de Campos será estendida até o Polo de Tecnologia II em algum futuro próximo. Ela seria então a principal via de acesso ao Polo partir de Campinas. Uma vez que o principal objetivo dessa extensão seria facilitar acesso de Campinas ao Polo (e não à UNICAMP), podemos supor que ela seria uma via pública, e que sua construção ficaria a cargo da Prefeitura. Não sei qual é o traçado provável dessa extensão. Porém, para que ela tenha alguma utilidade, ela precisa chegar até a via AGMS+EGVN (1), o único acesso às empresas já instaladas no Polo. O traçado indicado por (2) no mapa seria uma possibilidade. O principal argumento a favor dessa rota é que ela aproveitaria como canteiro central a faixa de serviço da linha de alta tensão que alimenta o Polo. Essa estratégia, que já é usada no trecho da AGC dentro da UNICAMP, reduz a perda de área útil, e possivelmente facilita a desapropriação. Além disso, esse trajeto evita áreas de preservação e termina perto do centro geográfico das empresas já instaladas no Pólo. Qualquer que seja o trajeto da extensão da AGC, apenas parte dela estaria dentro da Fazenda Argentina. Ela atravessaria pelo menos uma outra fazenda ao sul, e talvez uma ou duas outras fazendas ao norte da Argentina. De qualquer forma, a Fazenda Argentina seria cortada ao meio pela extensão da AGC. Para passar de uma metade à outra, usuários terão que passar por duas guaritas e cruzar uma via pública com duas pistas de alta velocidade. ENTRADAS DOS FUNDOS PARA A UNICAMP Há várias possibilidades para a Entrada dos Fundos da UNICAMP ao Polo. Se a extensão da Guilherme de Campos acontecer, Nas fotos de satélite, vejo duas possibilidades naturais para ligação entre a UNICAMP e essa estrada: (1) uma via de terra que vai em linha reta da FACAMP até a entrada do condomínio Globaltech (antiga Promon). Essa via passa um pouco ao norte da Fazenda Argentina, aparentemtente na fronteira entre dois lotes (um deles vago) fronteiros à Globaltech; http://maps.google.com/maps?vpsrc=6&t=h&ll=-22.812936,-47.0538&spn=0.007259,0.012714&z=17 (2) a estrada de terra, hoje fechada, que antigamente ia do Observatório (hoje Museu de Ciências) até a esquina da Estr. Giuseppina entre a Telecamp e a Matera. Essa via passa ao longo do limite norte da Fazenda Argentina, e parece cortar uma APA. http://maps.google.com/maps?vpsrc=6&t=h&ll=-22.816585,-47.054926&spn=0.007259,0.012714&z=17 Na verdade a ligação entre a UNICAMP-Observatório e a Estrada Giuseppina poderia ter qualquer trajeto entre essas duas vias. Nenhuma dessas duas ligações está dentro da Fazenda Argentina. Mas nenhuma dessas ligações parece ser muito útil à UNICAMP, exceto para retirar o trânsito de passagem da FACAMP. O esperado prolongamento da Guilherme de Campos, por si, já permitiria ir da região de Alphaville até a UNICAMP e uma estrada de terra particular enrte a FACAMP e a estrada da Telecamp