Apesar de relativamente recente como Inteligência Artificial, esta ciência é a realização de um sonho do homem
que remonta à Antigüidade Clássica.
No Renascimento, e com a expansão de um espírito prático e quantitativo, surge a mecânica e, com ela,
(e com o aperfeiçoamento do mecanismo do relógio) uma nova concepção do homem.
Imprescindíveis para o avanço da I.A. foram os trabalhos dos matemáticos dos séculos XVII a XIX.
No séc. XIX, surge a figura de Alan Turing mas só em 1956 é que a Inteligência Artificial
começa a ser reconhecida como ciência.
Os desenvolvimentos em I.A. avançam lado a lado com a evolução dos computadores que, ao longo do
tempo foram fazendo com que se começassem a encarar essas máquinas como inteligentes alterando mesmo o
nosso conceito de inteligência e aproximando os conceitos 'máquina', tradicionalmente não inteligente
da 'inteligência', capacidade antes consignada exclusivamente ao homem.
No entanto, o seu objeto de estudo continua rodeado de uma certa bruma, no sentido em que o homem
ainda não possui uma definição suficientemente satisfatória de inteligência e para se compreenderem
os processos da inteligência artificial e da representação do conhecimento terão de se dominar os
conceitos de inteligência humana e conhecimento.
Mas chegará o conhecimento através da manipulação de conceitos complexos ou através da percepção?
Devemos então fornecer à máquina uma avalanche de dados, teorias formais de 'bom senso', de crenças,
de um universo simbólico superior ou, pelo contrário, basear o estudo da cognição no nível inferior
da percepção e do controle motor. A tendência geral foi no sentido de conciliar as duas teorias
numa terceira teoria híbrida, segundo a qual a máquina seria capaz de raciocinar utilizando conceitos
complexos, e de perceber o seu meio envolvente.
Nos últimos anos tem-se dado atenção a alguns dos setores de pesquisa abandonados no passado,
como a representação de redes neurais e a tradução automática, interesses renovados graças aos enormes
progressos a que se tem assistido no domínio da ciência da computação.
Assim a história da I.A. é povoada de diferentes paradigmas que se contrapõem, de teorias que se defendem
e abandonam e que são consecutivamente retomadas.
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